Os cinco criminosos envolvidos no assassinato do policial militar Thales Ferreira Floriano, 31 anos, morto em agosto deste ano em Cidreira, no Litoral Norte, foram denunciados pelo Ministério Público.A Justiça Estadual aceitou a denúncia contra Cássio Rodrigues dos Santos, Mário Josias da Costa Trein, Anderson Rodrigues Duarte, Lucas Leiria da Silva e Maycom Leiria da Silva. Agora, eles são réus. O bando responderá por 12 homicídios triplamente qualificados – um consumado, no caso de Floriano, morto com um tiro na cabeça, e onze tentados contra os outros policiais que participaram da ação – e pelo crime de violação de domicílio.
Leia mais:
"Vestia a farda com orgulho imenso", lembram familiares de PM morto
Homem que participou da morte de PM já foi absolvido por latrocínio
Para evitar presos em delegacias e viaturas, Estado promete criar 96 vagas até 15 de dezembro
Conforme o MP, os denunciados também colocaram em perigo a vida de diversos moradores do entorno do local, pois os disparos foram realizados em via pública.
A decisão do MP vai de encontro à conclusão da investigação da Polícia Civil. Em setembro desse ano, em inquérito finalizado e entregue à Justiça, o delegado Alexandre de Souza, da Delegacia de Polícia (DP) de Cidreira, indiciou os cinco criminosos pela morte de Floriano. Segundo a polícia, todos os suspeitos fazem parte de facções rivais que brigam pelo controle do tráfico de drogas na região. Todos estão presos preventivamente.
O caso
O soldado da Brigada Militar Thales Ferreira Floriano, 31 anos, morreu após ser atingido por tiro na cabeça durante operação policial na Vila Chico Mendes, em Cidreira, na madrugada do dia 6 de agosto. Natural de Tramandaí, Thales era formado em Educação Física e PM desde 2009.
O soldado era filho de Roberto Floriano, atual secretário do Governo da prefeitura de Tramandaí, e de Isabel Floriano, professora aposentada. O policial deixou ainda a irmã, Thaís, a esposa, Renata, e a filha, Clara, que completou três anos há uma semana.
Contraponto
Até o fechamento desta matéria, a reportagem de Zero Hora não havia conseguido contato com os responsáveis pela defesa dos réus.
*Zero Hora