Um homem manteve por mais de sete horas a mãe, de 78 anos, em cárcere privado em um apartamento na Avenida Engenheiro Ludolfo Bohel, no Bairro Teresópolis, zona sul de Porto Alegre. De acordo com a polícia, Breno Galli, 54 anos, se entregou após ser atingido por um tiro em um dos braços. Tanto o homem quanto a mãe, que não foi atingida pelos disparos, recebiam atendimento do Serviço Móvel de Urgência (Samu) por volta das 7h30.
De acordo com o coronel João Diniz Godoy, ele efetuou 33 disparos contra os policiais que cercavam a residência, localizada próxima ao Teresópolis Tênis Clube. O homem deve responder por tentativa de homicídio contra os policiais.
O caso começou por volta de meia-noite quando a irmã do homem, também filha da mulher feita refém, chegava em casa. De acordo com a Brigada Militar, os dois irmãos têm problemas de relacionamento.
Informações preliminares da polícia indicam que o homem deixou de tomar medicamentos para esquizofrenia e teve um surto. A Brigada Militar foi chamada pela irmã.
Ele estava armado com duas pistolas e recebeu os policiais a tiros. Antes da chegada da polícia, efetuou disparos para o alto, mas ninguém ficou ferido.
Além da Brigada Militar, o Batalhão de Operações Especiais (BOE) e o Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) foram chamados para tentar uma negociação com o homem. Uma psicóloga também foi acionada para tentar negociar com o homem.
A comandante do 1º BPM da Capital, Cristine Rasbold, afirmou à Rádio Gaúcha que houve uma primeira conversação com o homem durante a madrugada, mas depois ele não respondeu mais aos chamados. Por volta das 7h, tiros foram efetuados contra os policiais que se posicionam do lado de fora da casa, mas ninguém se feriu.
"Ele não soliciou nada, simplesmente revidou contra as tentativas de contato", disse a comandante. Depois disso, um policial conseguiu se aproximar e acertou o homem com um tiro no braço.