Infecções das vias aéreas como faringite, rinite, sinusite, rinossinusite, pneumonia e bronquiolite são comuns especialmente em crianças e idosos. Entretanto, quando elas aparecem muitas vezes ao longo do ano, pode ser sinal de alguma deficiência no sistema imunológico.
Em pessoas saudáveis, a baixa imunidade do organismo pode ser causada por fatores como uso de medicamentos que prejudicam o equilíbrio imunológico, exposição à radiação, consumo de bebida alcoólica, estresse prolongado e alimentação pobre em vitaminas e proteínas. Já pessoas portadoras de doenças como aids, câncer ou alterações genéticas, são predispostas a problemas no sistema imunológico.
De acordo com a alergista e imunologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, de São Paulo, Yara Mello, as infecções das vias aéreas podem causadas por vírus, bactérias ou fungos.
- As infecções virais são as mais frequentes e podem ocorrer de três a quatro vezes no ano sem, obrigatoriamente, significar qualquer dificuldade na defesa do organismo, assim como as infecções por agentes bacterianos, como é o caso das amigdalites, que também são bastante comuns. Já as pneumonias merecem destaque, fazendo com que tenhamos maior atenção no caso de recorrência - explica a especialista.
Para manter o bom funcionamento do sistema imunológico, a receita é básica e conhecida: dormir no mínimo oito horas por dia, fazer exercícios físicos e manter uma dieta balanceada.
- O sistema imunológico tem vários mecanismos para defender o organismo. Entre eles estão os anticorpos, células e o que chamamos de sistema complemento com liberação de varias substâncias químicas que possibilitam a interação desta complexa rede que trabalha com muita sintonia - afirma a médica.
Para detectar falhas na resposta imune podem ser feitos exames laboratoriais, clínico e análise do histórico do paciente.
- Para iniciar qualquer tratamento é importante saber qual a causa do problema que levou a alteração na resposta imunológica. O ideal é procurar um médico logo que perceber sintomas recorrentes ou persistentes de infecções das vias aéreas - diz a especialista.
