Não há suspeitas de entrada da subvariante da covid-19 JN 2.5 (subvariante da Ômicron) no Rio Grande do Sul. A informação foi transmitida por Tani Ranieri, diretora do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS), órgão vinculado à Secretaria Estadual da Saúde (SES). A linhagem foi confirmada pela primeira vez no Brasil pela Secretaria de Saúde de Mato Grosso, em sequenciamento realizado entre 16 e 18 de janeiro. A cepa já havia sido identificada no Canadá, França, Polônia, Espanha, Estados Unidos, Suécia e Reino Unido.
Ao todo, quatro pacientes do sexo feminino testaram positivo para a nova subvariante e foram hospitalizadas em Mato Grosso. Desse total, três pacientes receberam alta médica, estão estáveis e seguem em isolamento domiciliar sob acompanhamento da vigilância municipal. Já a quarta paciente tinha doença pulmonar obstrutiva crônica e morreu. A equipe médica investiga o caso e diz que ainda não é possível afirmar que a causa da morte foi a covid-19.
De acordo com Tani, a informação da chegada de novas variantes não traz nenhuma mudança de conduta na SES. No entanto, caso a cepa seja detectada no Rio Grande do Sul, a pasta deve reforçar as orientações sobre a necessidade de vacinação contra o vírus.
A recomendação é de que a vacina seja aplicada de seis em seis meses nos grupos de maior risco (imunodeprimidos, gestantes, puérperas e maiores de 60 anos). Para os demais, é recomendado um esquema vacinal de pelo menos duas doses.
A diretora do CEVS explica que, apesar de terem grande transmissibilidade quando chegam a um novo local, nenhuma das variantes descobertas recentemente se mostrou mais patogênica:
— Os casos graves não costumam estar associados às variantes, mas sim às condições imunológicas da pessoa que contrai o vírus — afirma a diretora.
O CEVS segue em atividade para recolher amostras do vírus e identificar o possível aparecimento de variantes.