O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, minimizou o pedido feito pelo presidente Jair Bolsonaro - em meio ao atual recrudescimento da pandemia - para que seja produzido um parecer avaliando a possibilidade de flexibilização do uso de máscaras no país. Segundo Queiroga, a fala de Bolsonaro visa "instigar" pesquisadores brasileiros.
— O presidente quer estimular a pesquisa em todas áreas. Quando o presidente, de maneira muito eficiente, chama a atenção para esse ponto das máscaras, o que ele está querendo é atrair atenção da sociedade para que se instigue o espírito de investigação de nossos pesquisadores — declarou o ministro em entrevista ao programa Agora com Lacombe, da RedeTV!.
Ele reforçou, contudo, que a utilização de máscaras ainda é importante neste momento. Só nesta quinta-feira, o Brasil registrou 2.504 novas mortes pela covid-19 e ultrapassou a marca dos 480 mil óbitos pela doença.
Mais cedo, Queiroga confirmou que . Ontem, Bolsonaro disse que pediu ao ministério um parecer desobrigando o uso do equipamento de proteção por pessoas já vacinadas ou que já tenham se contaminado pela covid-19. A ideia foi duramente criticada por especialistas, já que a imunização, apesar de anular a manifestação grave do coronavírus, não impede a sua transmissão, ainda em patamar elevado no país.
A utilização de máscaras foi flexibilizada em países como os Estados Unidos, onde a vacinação está avançada. O país já ultrapassa os 50% de vacinados com a primeira dose, o que permitiu ao Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) afrouxar as medidas de controle da pandemia.