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Devido ao coronavírus, Trump proíbe entrada nos EUA de estrangeiros vindos da Europa

Presidente dos Estados Unidos fez pronunciamento na noite desta quarta-feira. Reino Unido é o único país europeu que não será afetado pela restrição

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DOUG MILLS / POOL/AFP
Trump fez discurso à nação na noite desta quarta-feira

O presidente Donald Trump anunciou a proibição de viagens de estrangeiros procedentes da Europa para os Estados Unidos, em uma tentativa de conter o avanço do coronavírus. Trump falou à nação em um discurso na noite desta quarta-feira (11).

Em sua manifestação, o presidente chegou a afirmar que "todas as viagens da Europa aos Estados Unidos" estavam suspensas por 30 dias, a partir de sexta-feira (13). Contudo, logo em seguida, o governo deixou claro que a medida não se aplica a cidadãos americanos, pessoas com residência permanente nos EUA e familiares de cidadãos do país.

Outra exceção é o Reino Unido — pessoas que estão na ilha poderão viajar aos Estados Unidos, sem restrições. O presidente também afirmou que atividades comerciais não serão suspensas:

"A restrição é para pessoas, não mercadorias", escreveu em uma rede social.

As medidas fazem parte de um conjunto de ações tomado pelo governo norte-americano para tentar conter o avanço do coronavírus. O presidente pediu ao Congresso, por exemplo, para diminuir US$ 50 bilhões em impostos para pequenas empresas.

Segundo Trump, os planos de saúde do país concordaram em retirar a obrigação de coparticipação nos tratamentos do coronavírus e ampliar a cobertura para problemas relacionados à doença. Como os Estados Unidos não têm um sistema de saúde pública, todos os casos suspeitos são encaminhados para a rede privada.

— Nós estamos juntos nessa, precisamos colocar a política e os partidos de lado. Estamos tomando medidas fortes, mas necessárias, para que novos casos não cheguem aqui — afirmou Trump, que definiu o problema como uma "infeção horrível".

O líder americano também afirmou que a Europa falhou em restringir as viagens da China. O presidente disse ainda que as medidas podem ser reavaliadas no futuro e reforçou a necessidade de a população manter os hábitos de higiene.

Até a noite desta quarta, já foram detectados 1.135 casos de coronavírus nos Estados Unidos, com 38 mortes.

Atividades canceladas

O coronavírus já afetou a corrida pelo posto de candidato democrata à presidência dos EUA. Na terça (10), os pré-candidatos Bernie Sanders e Joe Biden suspenderam eventos de suas campanhas em Cleveland, no Estado de Ohio. Ambos estão na corrida para a nomeação do candidato que vai concorrer contra o republicano Donald Trump nas eleições de novembro.

— Devido à preocupação com a saúde pública e a segurança, estamos cancelando o comício de hoje à noite em Cleveland — disse Mike Casca, um porta-voz da campanha do senador Sanders.

A NBA também suspendeu a temporada na noite desta quarta, depois do teste positivo do pivô Rudy Gobert para a doença. A medida foi anunciada depois que a partida entre Utah Jazz e Oklahoma City Thunder não foi realizada. O ginásio de Oklahoma, onde aconteceria o jogo, também foi evacuado. As duas equipes estão isolados em quarentena no local.

Diversas universidades dos Estados Unidos começaram a cancelar suas aulas presenciais por causa do surto do novo coronavírus no país, como Harvard e Princeton.

A Universidade Harvard terá apenas aulas online a partir da volta das férias de primavera, que ocorrem de 14 a 22 de março. Até o final do semestre, que termina em maio, as aulas presenciais estão canceladas. Na última semana, a Universidade de Washington migrou seus 50 mil estudantes totalmente para cursos online. A Universidade Stanford disse que suas aulas não seriam presenciais.

A Universidade Columbia, em Nova York, cancelou as aulas de segunda e desta terça e disse que as que ocorreriam no resto da semana seriam ministradas remotamente. Também em Manhattan, a Universidade Yeshiva e a Hofstra University, em Long Island, cancelaram as aulas da semana.

Medida semelhante foi tomada pela Universidade de Princeton, que, a partir de 23 de março, as aulas seriam virtuais e que restringiria grandes reuniões no campus.

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