O governo do Estado prometeu pagar em dia, a partir de abril, os repasses de responsabilidade do poder Executivo aos hospitais gaúchos. A afirmação foi feita pela secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann, a 269 representantes de instituições de saúde do Rio Grande do Sul. O encontro desta sexta-feira (15), em Porto Alegre, debateu o passivo do Palácio Piratini com os hospitais.
Só em relação a 2018, o governo tem em aberto as parcelas de setembro, outubro, novembro e dezembro, cada uma na ordem dos R$ 60 milhões. São dívidas herdadas do governo de José Ivo Sartori. Já na gestão de Eduardo Leite, está em atraso a competência de janeiro e não há previsão para o pagamento da parcela de fevereiro. No total, são R$ 245 milhões em atraso.
— A promessa de previsão orçamentária que possa garantir uma regularidade de pagamento a partir da competência de março, cujo pagamento é feito no mês de abril, traz uma previsibilidade para os hospitais, que, hoje, representa uma grande angústia — afirma André Legemann, presidente da Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes, Religiosos e Filantrópicos do Rio Grande do Sul.
Mesmo com a previsibilidade a partir de abril, Legemann reitera a necessidade de uma definição sobre as parcelas do ano passado.
— Por mais que o governo esteja anunciando uma regularidade, fica um passivo significativo do ano passado que precisamos resolver o quanto antes — reitera.
Uma reunião interna do governo, no Piratini, deve ser realizada nos próximos dias para decidir o que será feito com o valor em aberto. Além disso, a secretária Arita confirmou a abertura de crédito de R$ 90 milhões a 112 hospitais filantrópicos gaúchos, recurso que estará disponível já na próxima semana por meio do Funafir.