O Hospital Universitário de Santa Maria (Husm) enfrenta, mais uma vez, um quadro de superlotação e de restrição dos atendimentos no Centro Obstétrico e UTI Neonatal. No Centro Obstétrico são atendidas, agora, somente gestantes de alto risco referenciadas. No setor que tem capacidade para dez leitos, estão internadas 21 gestantes nesta sexta-feira (14). E na UTI Neonatal não serão recebidos mais recém-nascidos até que a situação estabilize. O local tem, no momento, 16 bebês internados onde a capacidade é para dez.
A decisão foi informada na última quinta-feira (13), por meio de um documento emitido pela instituição. De acordo com a gerente de Atenção à Saúde do Husm, Soeli Guerra, a situação é ainda mais preocupante na UTI Neonatal, já que se todos os bebês prematuros que nascerem nesta sexta confirmarem a necessidade de UTI serão necessários pelo menos mais cinco leitos e “não há espaço e nem condições para isso”.
Essa situação é vivenciada dentro do Universitário com frequência. Soeli destaca que somente, neste ano, os dois setores de maternidade estiveram superlotados, pelo menos, 30 vezes e precisaram restringir os atendimentos. A mais recente delas foi no final de setembro, quando a instituição tomou a mesma decisão desta semana.
Alternativa
E em uma tentativa também de resolver o problema da falta de leitos obstétricos em Santa Maria e Região Central, na semana passada, o Ministério Público Estadual (MPE) entrou com uma ação para que o Estado pague uma dívida de cerca de R$ 1,3 milhão com o Hospital Casa de Saúde.
Com a medida, conforme o promotor Fernando Chequim Barros, a expectativa é que o Casa de Saúde consiga dar conta da demanda dos casos de baixo risco, com a contratação de mais pediatras, e assim, a situação da superlotação do Universitário pelo menos amenize.