Autoridades dos Estados Unidos decidiram, nesta quinta-feira (15), impor duras restrições à venda de cigarros eletrônicos aromatizados, após ter sido registrado um aumento de seu consumo entre os jovens. A regulação anunciada pela agência federal de alimentos e remédios (FDA) quer permitir a venda de cigarros eletrônicos de sabores só em lojas, proibindo sua comercialização pela internet.
Adicionalmente, a FDA propõe proibir as vendas de cigarros mentolados e tabacos de sabores. Estas propostas, cuja antecipação fez cair, esta semana, as ações da indústria do tabaco, estarão sujeitas a um período de consulta pública até junho do ano que vem, antes de entrarem em vigor.
O consumo de cigarros eletrônicos pelos estudantes de Ensino Médio americanos aumentou 78% entre 2017 e 2018, segundo uma pesquisa nacional.
— Estes dados afetam minha consciência — disse o comissário da FDA, Scott Gottlieb. — Estes aumentos devem ser detidos. Não permitirei que uma geração de crianças se torne viciada em nicotina através dos cigarros eletrônicos — afirmou.
Em uma coluna publicada recentemente no The Washington Post, Gottlieb e o secretário de Saúde, Alex Azar, mencionaram uma "epidemia". Desde 2016 a FDA regula os cigarros eletrônicos, cuja venda é proibida para menores de idade, e multiplica os controles.
As regras propostas buscam limitar a venta de todos os cartuchos de sabores – menos tabaco, menta e mentol – só em lojas, "e se forem vendidos online, sob altas medidas de verificação de idade", disse a FDA em um comunicado.
O motivo por trás da exclusão dos cigarros eletrônicos com sabor de menta e mentol é sua popularidade entre adultos que buscam uma alternativa para diminuir seu consumo de cigarros tradicionais.