Iniciada em 2013 e prevista para ser entregue em um período de 12 meses, a obra da Central de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Universitário de Santa Maria (Husm) parou mais uma vez. Essa é a segunda vez que as atividades são paralisadas. Em 2015, os serviços foram interrompidos e somente retomados em 2016. Em junho deste ano, a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) rescindiu o contrato com a Install, empresa de Frederico Westphalen, que era responsável pela execução da obra.
Conforme a Pró-Reitoria de Administração e a direção do Husm, a construtora não estava dando o andamento necessário às obras. Por isso, o fim do contrato foi antecipado. Segundo a Pró-Reitoria, a empresa demonstrou incapacidade em cumprir com os prazos fixados. Além disso, a Install enfrentou dificuldades técnicas e modificações no projeto inicial, o que acabou exigindo mais tempo para a conclusão dos serviços, alegam.
Agora, a Pró-Reitoria trabalha para, até o fim do ano, viabilizar um novo processo licitatório para a retomada da obra, que está 80% concluída e orçada em R$ 7,7 milhões. Mais de R$ 3,5 milhões já foram investidos na Central de UTI.
Desde o começo das obras, o prazo inicial de entrega era 2014. Depois, como a obra parou em 2015 e foi retomada somente um ano depois, a conclusão foi adiada para novembro de 2017. Recentemente, o último prazo foi junho deste ano, o que não se concretizou.
A construtora Install entende que foi injustiçada por não ter mais prazo para dar conclusão à obra e que, neste meio tempo, realizou serviços adicionais. Além disso, em nota, a empresa afirma que "faltou empenho da universidade em agilizar definições pra liberação de aditivos". A Install afirma "já ter representado no Tribunal de Contas da União (TCU) contra a universidade pra que sejam averiguadas possíveis irregularidades".
Aumento no número de leitos
Com a Central de UTI, o Husm passará dos atuais 45 para 82 leitos — sendo 30 adultos, 22 intermediários neonatais, 20 neonatais e 10 de pediatria. Nos locais onde hoje estão as vagas da UTI, serão abertos leitos normais.
Conforme a direção do Husm, a abertura da unidade exigirá contratação de pessoal (por meio de concurso público) e compra de mobiliário e de equipamentos (com abertura de licitações). Há um orçamento inicial de que a compra de aparelhos para a unidade tenha um custo aproximado de R$ 4 milhões.
Se as licitações transcorrerem sem qualquer tipo de percalço, a ideia é de que a central esteja em funcionamento ainda em 2019. A direção do Husm quer que o governo federal autorize a contratação de funcionários para trabalhar na unidade.