O que move jornalistas, os sujeitos que escolhem ingressar naquela região de desespero, a terra de ninguém característica das guerras civis, de onde todos querem fugir? Para tentar responder a essa pergunta, dois experientes repórteres brasileiros, André Liohn e Diogo Schelp, reviraram suas anotações, pesquisaram suas melhores fotos e mergulharam nos relatos dos pioneiros da cobertura jornalística de conflitos – como o irlandês William Howard Russell, "o pai infeliz de uma tribo sem sorte", que cobriu a Guerra da Crimeia (1853-1856), considerado o patrono dos enviados especiais aos campos de batalha na era dos jornais impressos. Para completar, os dois entrevistaram colegas que se dedicam ao ofício. O resultado é uma obra visceral, Correspondente de guerra: os perigos da profissão que se tornou alvo de terroristas e exércitos (Editora Contexto, 240 páginas).
Entrevista
Diogo Schelp: repórteres de guerra, cronistas da frente de batalha
Coautor de "Correspondente de guerra", o jornalista e editor-executivo da revista Veja Diogo Schelp fala das mudanças na profissão