A meta estipulada pela própria prefeitura de Porto Alegre para o tratamento do esgoto na cidade após a conclusão do Programa Integrado Socioambiental (Pisa) não foi cumprida. No dia da inauguração das obras, em abril de 2014, que contou inclusive com a presença da presidente Dilma Rousseff, a projeção era de conseguir ampliar de 27% para 80% o tratamento dos efluentes na Capital gaúcha até 2015, o que não aconteceu. As informações são da Rádio Gaúcha.
Apesar disso, o diretor-geral do Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae), Antônio Elisandro de Oliveira, afirma que a meta para o ano passado era de 56,5% e não os 80%. Ele diz também que ela foi superada, chegando a 66%, incluindo os dados de dezembro – que ainda não foram fechados.
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– Nós iniciamos o ano de 2015 tratando 33%. Então nós dobramos neste ano o percentual de tratamento de esgoto na cidade e superamos em pelo menos 10% a meta contratualizada – afirma o diretor.
Conforme Oliveira, a nova meta para 2016 é de chegar a 69% do esgoto tratado. Em março de 2015, a Rádio Gaúcha entrevistou o então coordenador de Obras de Saneamento do Pisa, Valdir Flores, que na época disse que os 80% seriam atingidos em outubro do ano passado. O próprio prefeito José Fortunati trabalhava com esse prazo em suas entrevistas.
Havia um impasse com a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) sobre o emissário final, a tubulação que lança o efluente na água, mas ele foi resolvido após a assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta. O diretor-geral do Dmae cita as principais dificuldades para conseguir atingir o nível máximo de tratamento do esgoto.
– Nós temos um processo tanto de estendimento de redes separadas de esgoto, que retiram do sistema misto junto ao esgoto pluvial e colocam um destino separado para estação de tratamento. Da mesma forma, estamos lançando no primeiro período de 2016 um programa de ligações, que pretende ligar sob os custos do DMAE, pelo menos 5 mil novas ligações neste ano de 2016 – sustenta Oliveira.
O investimento para ligar as residências ao sistema será de R$ 6 milhões em 2016. O programa inclui bairros das regiões central e sul, que são atendidos pela Estação de Tratamento da Serraria.