Não há mau tempo na vida na jornalista Lívia Araújo e da fisioterapeuta Marisa Dal Pizzol. Foi o mau tempo, aliás, que inspirou o negócio tocado quase que artesanalmente pelas duas porto-alegrenses. Morando em um apartamento com o gato Mercúrio, na zona leste da capital, as duas viram na chuva a chance de abrir um negócio ainda inédito no Brasil, a produção de capas de chuva especialmente desenvolvidas para ciclistas. “Nós andamos de bicicleta há bastante tempo, mas a chuva era a fronteira final a ser vencida, pois impedia que usássemos a bike nesses dias e chegássemos bem em uma reunião, por exemplo”, diz Lívia.
Embora o paralelo seja inevitável, a ideia não caiu do céu. Foi preciso tomar muito banho de chuva e testar alguns protótipos até chegar ao modelo ideal, em 2013, e criar a marca Bikedrops. As capas produzidas para uso próprio chamaram atenção dos amigos ciclistas e logo a produção em maior escala começou. O lançamento do produto aconteceu em fevereiro deste ano durante o 3º Fórum Mundial da Bicicleta (FMB) em Curitiba. Por lá o produto fez sucesso, “principalmente nos dias de tempo fechado”, conta Marisa.
Lívia e Marisa usam a bicicleta como meio de transporte e são incentivadoras da causa em Porto Alegre. A proximidade com a bike, segundo Lívia, foi fundamental para o sucesso do negócio. “O produto é feito de quem usa a bicicleta para quem usa a bicicleta. Nós mesmas já procuramos no mercado alguns itens específicos e não encontramos. Esse modelo que possibilita troca de experiências tem se replicado em diversas partes do Brasil”.
Pedalando da chuva
O primeiro modelo da capa de chuva desenvolvido pela Bikedrops é o Cherbourg. O nome tem como inspiração uma região chuvosa da Normandia, na França, cujos índices de umidade pairam os 87% .
A capa tem formato de poncho e permite que o ciclista pedale sem molhar o tronco e os membros. O diferencial, no entanto, está na parte interna da peça. Dois elásticos presos na parte frontal encaixam no guidão da bicicleta e formam uma espécie de “toldo” que cobre as pernas sem impedir o movimento de subida e descida dos joelhos durante as pedaladas.
O tecido é impermeável e as costuras são cuidadosamente seladas manualmente, uma a uma, com um selante especial para barracas de acampamento, reforçando a proteção contra a água. As capas estão à venda no Bicicafé Vulp, na Miguel Tostes, 845, e custam R$ 240,00 cada uma. Conheça a Bikedrops aqui.
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