Após reunião com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e com a líder do partido, Gleisi Hoffmann, Paulinho da Força, presidente do Solidariedade, voltou atrás e afirmou que o seu partido irá apoiar a candidatura petista nas eleições deste ano. O evento do dia 3 de maio, que havia sido cancelado após o líder ser vaiado em um encontro do ex-presidente com sindicalistas e militantes, será mantido.
— Vamos fazer o evento da direção da Executiva Nacional do Solidariedade no próximo dia 3, conforme tinha combinado já com a Gleisi, para definitivamente selar a aliança do Solidariedade com o Lula, e iremos também no lançamento da candidatura do Lula no dia 7 — disse Paulinho à imprensa, ao lado de Gleisi, após reunião nesta terça-feira (19).
Paulinho afirmou que a conversa com Lula e com a presidente do PT superou suas expectativas, mas não revelou o que foi debatido com os petistas.
Paulinho havia ficado incomodado com as vaias que recebeu no encontro de Lula com sindicalistas e, declarando ainda ter a intenção de embarcar na campanha do petista, disse que queria saber se o PT realmente almejava uma aliança ampla para disputar a eleição contra o presidente Jair Bolsonaro (PL).
Após os atritos, que acenderam os alertas para um possível desembarque do líder sindical da campanha de Lula, Paulinho se reuniu com o ex-governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite (PSDB) e com o deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG).
Aécio tem tentado articular a candidatura de Leite ao Palácio Planalto por considerar que o gaúcho teria mais chances de vencer as eleições que o ex-governador João Doria, que venceu as prévias do partido para disputar o pleito.