O vereador Carlos Bolsonaro (PSC), filho do presidente Jair Bolsonaro, justificou sua afirmação de que, por vias democráticas, não haverá as mudanças rápidas desejadas no país. Nesta terça-feira (10), ele chamou jornalistas de "canalhas" por terem, segundo ele, interpretado a frase postada no Twitter, na segunda (9), de forma errada.
Também pelo Twitter, Carlos afirmou agora que trata-se de uma justificativa aos que pedem mudanças urgentes e que não quis dizer que defende a ditadura.
"O que falei: por vias democráticas as coisas não mudam rapidamente. É um fato. Uma justificativa aos que cobram mudanças urgentes. O que jornalistas espalham: Carlos Bolsonaro defende ditadura. CANALHAS! ", tuitou.
Na segunda-feira, Carlos havia tuitado que, "por vias democráticas a transformação que o Brasil quer não acontecerá na velocidade que almejamos...".
A postagem do filho do presidente foi alvo de críticas de políticos e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que viram nela uma ofensa ao sistema democrático brasileiro.
O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB), o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) e o governador paulista, João Doria (PSDB), rebateram a frase de Carlos.
Carlos pediu licença não remunerada da Câmara Municipal do Rio de Janeiro para tratar de assuntos particulares no último dia 6 de setembro. A comunicação foi publicada nesta terça no diário oficial da Casa. A licença não remunerada para tratar de assuntos particulares tem um período máximo de 120 dias por sessão legislativa.
O vereador tem acompanhado o pai desde sábado (7), quando o presidente Jair Bolsonaro se internou em São Paulo para sua quarta cirurgia após a facada que sofreu no ano passado. A cirurgia foi feita no domingo (8). Carlos tem dormido no Hospital Vila Nova Star, na zona sul da capital paulista.
No ano passado, o filho do presidente já havia ficado afastado da Câmara Municipal do Rio por cerca de quatro meses para ajudar na campanha do pai. Ele tem dito a aliados que está cansado da política e que não pretende tentar a reeleição. Hoje com 36 anos, Carlos foi eleito para vereador pela primeira vez aos 17, sob orientação de seu pai.