Após passar por cirurgia para retirada de bolsa de colostomia, o presidente Jair Bolsonaro deve ficar 48 horas em repouso total. Somente após esse período, ele poderá retomar as atividades como chefe do Executivo nacional. O procedimento médico ao qual Bolsonaro foi submetido para reconstrução do trânsito intestinal ocorreu com "êxito", segundo o Palácio do Planalto.
Alta
Bolsonaro deverá ter alta em 10 dias. Mesmo assim, na quarta-feira (30), ele deve retomar as atividades como presidente da República, despachando de dentro do hospital.
O vice Hamilton Mourão segue como presidente em exercício até às 10h de quarta-feira.
Gabinete provisório
Para conseguir despachar de dentro do Hospital Israelita Albert Einstein, um gabinete provisório será montado dentro das acomodações de Bolsonaro na unidade.
O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) montou a estrutura no mesmo andar do quarto do presidente para que ele consiga orientar os órgãos de Brasília e, mediante autorização médica, receber ministros enquanto se recupera da cirurgia de retirada da bolsa de colostomia.
O Palácio do Planalto levou para a capital paulista auxiliares técnicos e que dão suporte jurídico para a tomada de decisões de Bolsonaro. O presidente poderá se comunicar com ministros e outros integrantes do governo que estejam fora de São Paulo por meio de videoconferência.
Sete horas de cirurgia
A cirurgia de Bolsonaro durou sete horas e 15 minutos. Após o procedimento, o presidente foi transferido para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), e se encontra "clinicamente estável, consciente, sem dor, recebendo medidas de suporte clínico, prevenção de infecção e de trombose venosa profunda".
A cirurgia de reconstrução do trânsito intestinal, a que foi submetido o presidente, segundo o porta-voz da Presidência da República, Otávio do Rêgo Barros, não teve intercorrências nem necessidade de transfusão de sangue.
Acompanham o presidente em São Paulo os filhos Carlos, Eduardo e Renan, além da primeira-dama, Michelle Bolsonaro.