A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) não compareceu à 7ª Vara Federal de Porto Alegre, na tarde desta sexta-feira (29), para prestar depoimento ao juiz Sergio Moro, por videoconferência. Dilma é testemunha de defesa do também ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na ação do sítio de Atibaia (SP), no âmbito da Lava-Jato.
O depoimento estava marcado para as 15h, segundo a Justiça Federal do Rio Grande do Sul. Na noite de quinta-feira (28), às 22h11min, a defesa de Lula solicitou nova data para Dilma depor, alegando que ela tem um compromisso durante a tarde.
Moro acatou pedido da defesa da ex-presidente e remarcou o depoimento da petista para o dia 9 de agosto. O testemunho poderá ser colhido em São Paulo ou no Rio de Janeiro.
Com a ausência de Dilma, apenas o ex-presidente do Banrisul Túlio Zamin foi ouvido por Moro nesta sexta-feira como testemunha de defesa de Lula no processo. Zamin ocupou o conselho fiscal da Petrobras durante governos do PT.
O ex-executivo afirmou que o conselho da estatal não detectou ilícitos cometidos pelos ex-diretores Paulo Roberto Costa, Nestor Cerveró e Renato Duque no período em que ele integrava o colegiado.
O caso de Atibaia é a terceira denúncia contra Lula na Lava-Jato. O ex-presidente é réu pelos supostos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Segundo a investigação, a Odebrecht, a OAS e também a empreiteira Schahin, com o pecuarista José Carlos Bumlai, desembolsaram cerca de R$ 1 milhão em obras de melhorias no sítio em troca de contratos com a Petrobras.
Preso em Curitiba (PR) desde abril, Lula negou em mais de uma ocasião estar envolvido em irregularidades. A ação do sítio de Atibaia inclui 13 réus.
GaúchaZH tenta contato com as assessorias de Dilma e da defesa de Lula, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria.