O presidente Michel Temer (PMDB) disse, nesta quarta-feira (15), que o Brasil segue distante do exercício pleno da cidadania. O peemedebista considerou, por outro lado, que o país tem conseguido progredir na redução das desigualdades sociais e aproveitou para lembrar da recuperação mostrada pelo mercado de trabalho desde o início de seu governo.
— Não devemos nos iludir, enquanto houver carência social, estaremos distantes da cidadania plena. Esse ainda é o caso do Brasil, mas temos avançado muito — frisou Temer, em discurso proferido neste feriado da Proclamação da República, em Itu, no interior paulista, cidade onde começou o movimento republicano que deu fim à monarquia no Brasil. Ele volta a Brasília ainda na tarde desta quarta-feira.
Numa resposta a críticas da oposição, o peemedebista afirmou que a responsabilidade social, não apenas a responsabilidade fiscal, é uma das "palavras-chave" de seu governo. Salientou que trabalhar pela cidadania significa trabalhar também para a democracia.
Ao lado do governador Geraldo Alckmin, o peemedebista aproveitou o evento para lembrar que pouco mais de 1 milhão das 14 milhões de pessoas que estavam desempregadas no início de seu governo já voltaram a trabalhar.
Segundo Temer, mais 2 ou 3 milhões de desempregados vão conseguir se recolocar "em pouco tempo". Comentou ainda que a inflação já caiu para 2,54%, referindo-se à variação em 12 meses do IPCA em setembro. Em outubro, o índice subiu para 2,7% nessa base de comparação.
Temer também frisou o declínio do risco Brasil — um reflexo do que chamou de "credibilidade extraordinária" do país —, bem como a queda dos juros básicos, a Selic — citando, nesse ponto, as previsões do mercado financeiro que projetam a taxa em 7% ao ano no mês que vem. Atualmente, o juro básico está em 7,5% e a expectativa de analistas é que caia 0,5 ponto percentual no último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) de 2017, em dezembro, fechando o ano em 7%.