O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ofereceu, nesta sexta-feira (1º), uma denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra políticos do Partido Progressista (PP) por formação de organização criminosa para atuar no esquema de corrupção na Petrobras. O conteúdo da denúncia está sob sigilo, e os nomes dos citados não foram divulgados.
Esta é a primeira denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra políticos no ramo de investigação conhecido como "quadrilhão" – que apurou a organização entre políticos e operadores para atuar na petrolífera.
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O inquérito foi aberto em março de 2015 para investigar a participação de 47 políticos – com e sem mandato – do PP, PT, PMDB, PSDB e PTB na suposta organização que atuava na estatal. Em outubro do ano passado, a pedido do próprio Janot, o inquérito foi fatiado em investigações sobre o PP, PT, PMDB do Senado e PMDB da Câmara.
Procurados, os seis políticos gaúchos do PP citados no inquérito informaram que ainda não têm detalhes sobre a denúncia entregue ao STF nesta sexta. Nos bastidores, a informação é de que há casos de denúncias e arquivamentos.
Na lista divulgada em 2015 constava os nomes dos deputados federais Afonso Hamm, José Otávio Germano, Jerônimo Goergen, Luis Carlos Heinze e Renato Molling, além do ex-deputado Vilson Covatti. Os seis integraram a bancada do PP gaúcho na Câmara na legislatura 2011-2014.