Os preparativos para o depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao juiz federal Sergio Moro, marcado para as 14h desta quarta-feira, em Curitiba, movimentaram a capital paranaense pela manhã. Movimentos antagônicos, de apoio e contrários ao ex-presidente, ocupam parte das ruas da cidade, sem registro de incidentes graves.
Lula desembarcou em Curitiba pouco depois das 10h e foi recebido por deputados, senadores e ex-ministros petistas, além da ex-presidente Dilma Rousseff. A recepção reforça o ato político organizado pelo PT para esta terça-feira. Depois, Lula e Dilma se dirigiram para o Hotel Pestana, localizado no centro da cidade, acompanhados pela comitiva.
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Moro deixou a residência onde mora por volta do meio-dia e seguiu para o prédio da Justiça Federal. As ruas no entorno do edifício estão bloqueadas, e somente a imprensa e moradores podem acessá-las. Na região, o policiamento foi reforçado.
Em defesa de Lula, militantes do PT e integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) se reúnem na Praça Santos Andrade, na região central, onde realizam um ato político desde as 10h. Na madrugada, rojões foram lançados contra o acampamento armado pelo MST. Duas pessoas ficaram feridas sem gravidade.
Em menor número, a mobilização de apoiadores da Operação Lava-Jato ocorre em frente ao Museu Oscar Niemeyer. Participam da manifestação integrantes do movimento "Curitiba contra a corrupção", entre outros.
No fim da manhã, o ministro Félix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), rejeitou o pedido apresentado pela defesa de Lula para adiar o depoimento. O ministro também rejeitou a solicitação dos advogados do ex-presidente para gravar a audiência de forma autônoma.