A ex-primeira-dama Marisa Letícia está sem aparelhos desde que os médicos do hospital Sírio-Libanês detectaram na manhã desta quinta-feira a ausência de atividade cerebral da mulher do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva. A informação foi passada por uma fonte do Instituto Lula.
Marisa, de 66 anos, está internada na UTI do hospital desde 24 de janeiro, quando foi vítima de um Acidente Vascular Cerebral (AVC).
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O cardiologista Roberto Kallil Filho disse na noite de terça-feira que o estado de saúde da ex-primeira-dama é considerado "irreversível".
Conforme boletim médico divulgado na manhã desta quinta-feira, já foram iniciados os procedimentos para doação de órgãos com a autorização da família. Está definido que serão doadas as córneas de Marisa.
Despedida
O corpo da ex-primeira-dama deve ser velado no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. Ainda não se sabe qual o horário de início da cerimônia.
Ela havia manifestado a familiares o desejo de ser cremada, o que será atendido. A cerimônia de cremação está prevista para ocorrer no cemitério Jardim da Colina, em São Bernardo do Campo (SP).
Solidariedade
Políticos e ex-ministros acompanham o ex-presidente e sua família no Sírio-Libanês. Estavam no hospital os ex-ministros Guido Mantega, Fernando Haddad, Miguel Jorge e Alexandre Padilha.
Durante a manhã, chegaram os senadores petistas Lindbergh Farias, Gleisi Hofmann e Humberto Costa. Mais cedo, a ex-presidente Dilma Rousseff divulgou nota de pesar.
Desde que Marisa foi internada, Lula recebeu apoio não apenas de seus aliados. Adversários no campo político também prestaram solidariedade nos últimos dias. O presidente Michel Temer ligou para Lula no primeiro dia de internação de Marisa.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o ministro das Relações Exteriores, José Serra (PSDB-SP), e o senador e presidente nacional do PSDB, Aécio Neves (MG), também entraram em contato.