Em 1992, quando o presidente Fernando Collor foi alvo do primeiro processo de impeachment da história do Brasil, havia um clima generalizado de euforia, traduzido pela esperança de que o país havia dado um basta à corrupção. Vinte e quatro anos depois, o ritual que agora afasta a presidente Dilma Rousseff pode ter o mesmo nome, mas o cenário é outro: entre embates nas ruas e escândalos que mantêm sob suspeita boa parte do Congresso, carrega mais tintas de desencanto do que expectativas de redenção nacional.Mas que Brasil emerge deste segundo processo de impeachment? E o que esses dois afastamentos tão próximos dizem sobre a democracia brasileira? Analistas ouvidos por ZH têm visões diferentes sobre o significado histórico do atual momento para o sistema democrático, mas a maioria mostra pouco otimismo sobre seus desdobramentos. Uma das constatações é que o país não aprendeu as lições de 1992. Leia matéria completa abaixo.
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Apesar de apontarem evolução no sistema democrático do país, analistas avaliam que será preciso muito mais do que uma troca de nomes para mudar a cultura política
Letícia Duarte
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