O alagoano Renan Calheiros (PMDB) ocupará a presidência do Senado Federal pela segunda vez. Eleito na tarde desta sexta-feira com 56 votos, contra 18 do seu adversário Pedro Taques (PDT-MT), a eleição do parlamentar para o pleito 2013-2014 gerou protestos pelas redes sociais, já que seu primeiro mandato foi marcado por denúncias de corrupção.
No seu discurso de posse, Calheiros tratou de acalmar os ânimos: "Aceitar críticas é um gesto de humildade", argumentou. Ele também disse que a crise na política não é um problema somente do Brasil. "A instituição é sócia da crise da qual passam todos os parlamentos".
Após a sua defesa, Renan pautou a fala por um parlamento mais forte e criticou as medidas provisórias do Governo Federal, que nas suas palavras estão "levando o Executivo a legislar por conta própria e atrofiar o Legislativo Nacional". O político afirmou que vai se reunir com o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), para solucionar essa situação.
"As leis precisam mudar e o Parlamento, mesmo não sendo uma linha de produção, precisa reformar suas normas internas para aferir mais legitimidade. É o que faremos, e assim teremos um legislativo forte. O equilíbrio entre os três poderes precisa ser respeitado", declarou.
"O Congresso e o Senado nunca serão subalternos", disse. Renan ainda prometeu que os "vetos não mais se acumularão como mercadorias. Criaremos um mecanismo para limpar a pauta de vetos".
Renan substitui o colega de partido José Sarney (PMDB-AP), e torna-se o terceiro na linha de sucessão presidencial, atrás apenas do vice-presidente, Michel Temer, e do presidente da Câmara.
Ouça o discurso de Renan Calheiros
Gaúcha
Aceitar críticas é um gesto de humildade, se defende Calheiros no discurso da posse
Presidente do Senado disse que medidas provisórias estão atrofiando o Legislativo
Marcus Bruno
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