Os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Fake News, formada para investigar a suposta utilização da estrutura funcional da Câmara de Vereadores de Bento Gonçalves pelo vereador Moacir Camerini (PDT) para disseminar conteúdos falsos em redes sociais começam a partir das 13h30min desta segunda-feira (10). Serão ouvidos o parlamentar e três ex-assessores. Segundo o despacho de criação da CPI, os funcionários de Camerini teriam agido a mando do parlamentar para propagar imagens, vídeos e comentários caluniosos sobre demais parlamentares e outros representantes políticos do município por meio de perfis falsos.
De acordo com o requerimento de criação da CPI, em algumas oportunidades, o próprio vereador teria feito a disseminação dos conteúdos. Para Camerini, no entanto, a Comissão Parlamentar tem o objetivo de atingi-lo politicamente, uma vez que é comandada por vereadores de posições divergentes- os quais, de acordo com ele, querem inviabilizar sua candidatura a prefeito.
Conforme o parlamentar, os assessores que supostamente disseminaram os conteúdos se aliaram aos vereadores de siglas divergentes para desconstrui-lo politicamente. Ele atribui a responsabilidade pela divulgação das mensagens aos próprios ex-assessores.
— É uma CPI com cunho político, é perseguição política. Quando optei por mandá-los embora, eles se aliaram a outros parlamentares que têm posturas diferentes da minha. Eu não concordo com isso e encaminhei denúncia ao Ministério Público. É um gesto desnecessário da estrutura da Câmara. Tinha que investigar todos, não somente eu – argumenta o parlamentar.
O presidente da Comissão é o vereador Jocelito Tonietto (PDT). Na vice-presidência, está o vereador Idasir dos Santos (MDB). O parlamentar Volnei Christofoli (PP) é relator. O documento de criação da CPI foi assinado por 14 parlamentares. A CPI terá o prazo de 120 dias e pode ser prorrogada por mais 60.