Acostumada com os holofotes durante o pré-concurso de escolha da rainha da Festa da Uva, Valdnéia Borges de Abreu, 26 anos, se prepara para chamar atenção também em outra área - que ela garante conhecer há bastante tempo.

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Convidada pelo PR, o Partido da República, ela deve disputar uma vaga na Assembleia Legislativa no ano que vem. A ficha de filiação foi assinada na noite de segunda-feira, e nesta quarta-feira ela já estará em Porto Alegre para gravar propagandas partidárias.

Na escolha da rainha da Festa da Uva, Val se destacou pelo tipo físico diferente das demais concorrentes (1m50cm e 90 quilos) e pelas declarações que deu em defesa da autoestima em inúmeras entrevistas, entre elas ao programa Encontro com Fátima Bernardes, da TV Globo. Na terça-feira, ela conversou com o Pioneiro sobre os planos para a política. Confira os principais trechos:

Pioneiro: Quando tu decidiste te filiar a um partido?
Valdnéia: Antes do PSL, onde eu militei por seis anos (antes de ir para o PR), eu entrei no PPS quando eu fiz 17 anos. Fiquei por um ano. Aí, como mudou o presidente municipal, a gente acabou discordando de algumas coisas e eu sai. Fiquei dois anos sem partido nenhum e depois entrei no PSL.

Pioneiro: Tu saíste do PSL já sabendo em que iria procurar outro partido ou foram os partidos que te procuraram?
Valdnéia: Depois que eu fui no programa da Fátima Bernardes em função da Festa da Uva, os partidos começaram a me convidar. Como eu já estava me desentendendo com o presidente estadual, eu decidi que só iria me desfiliar do PSL quando encontrasse um partido que me respeitasse tanto como mulher como ser político. Eu ouvi propostas de nove partidos: PMDB, PCdoB, PRB, PTN, PSDC, PDT, PTB, PR e PV.

Pioneiro: Em relação à eleição do ano que vem, tu recebeste convite para disputar? Tens disponibilidade para isso?
Valdnéia: O meu objetivo, mesmo, há muito tempo, era (concorrer a) vereadora. Agora, como entrei no PR, a vontade do partido é de que eu concorra a deputada estadual. Então, se o partido me deu esse voto de confiança, acredito que eu tenha condições de ser candidata. Só que eu quero sentar com o presidente e conversar sobre propostas. Eu não quero ser mais uma para preencher legenda. Não quero colocar um monte de propostas, tipo, 10, e das 10 eu não consiga cumprir nenhuma. Quero fazer tudo certinho, para que nada saia errado.

Leia o restante da entrevista na edição impressa do Pioneiro desta quarta-feira.