Com a disposição de quem lecionou por três décadas, presidiu a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) e superou tragédias pessoais, Leny Ana Sommavilla Fiori agora percorre o município de Nova Bassano, de 9 mil habitantes, na primeira campanha de sua vida.
Antes da apuração, a estreante de 87 anos já contabiliza uma vitória: ela é, segundo o Tribunal Regional Eleitoral, a mais velha entre os 26,5 mil candidatos a vereador no Estado.
A política que só agora ganha as ruas, de táxi pago do próprio bolso, estava no sangue há décadas. O pai, Guerino Sommavilla, foi subprefeito de Nova Bassano, então distrito, e prefeito de Nova Prata, município onde hoje é homenageado com o nome de uma escola de ensino fundamental. Corretor de terras, ele chegou à Serra quando Leny, natural de Ouro (SC), tinha apenas um ano.
Apesar de respirar política em casa desde os tempos do antigo PTB de Getúlio Vargas e de ser reconhecida e respeitada por onde anda no município serrano, Leny nunca havia cogitado concorrer. O convite partiu do PMDB, preocupado em preencher a cota de gênero de 30%.
- Eu sou bem conhecida. Mesmo se não votam em mim, sou bem recebida - conta.
Uma dose extra de fôlego para o novo desafio Leny recebeu na semana passada, com a visita de um veterano da política apenas cinco anos mais novo do que ela. Em passagem por Nova Bassano, o senador Pedro Simon fez questão de abraçar a correligionária, assim como a deputada estadual Maria Helena Sartori. A visita foi um presente antecipado ao 87º aniversário, comemorado no último domingo.
Confira e entrevista com dona Leny na edição impressa do Pioneiro.
Nunca é tarde
Nova Bassano tem a candidata mais velha do Estado
Leny Fiori concorre a vereadora pela primeira vez aos 87 anos
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