O vice-prefeito de Caxias do Sul, Elói Frizzo (PSB), que testou positivo para o coronavírus na quinta-feira (27), postou no Facebook uma manifestação sobre seu estado de saúde, as medidas adotadas no governo, os cuidados e também sobre críticas. Ele diz que era um risco previsível, apesar dos cuidados como uso de máscara, lavagem constante das mãos, distanciamento possível, "em função das centenas de reuniões, mesmo participando dos grupos de risco, praticamente todos os dias com dez, doze e até quinze horas de trabalho direto, além de tocar a prefeitura com seus inúmeros problemas herdados da administração afastada pela Câmara".
Frizzo afirma que não foi necessária medicação, mas usará se houver recomendação médica. E prossegue:
_ Eventuais críticas, manifestações de ódio gratuito e brincadeiras de muito mau gosto como já pude verificar em redes sociais, de uma pequena minoria cheia de mágoas, em absoluto me incomodam, faz parte. [...] O vírus não é uma gripezinha.
Confira o que escreveu o vice-prefeito
CAROS AMIGOS DO FACE
"Desde março, quando instituímos o Gabinete de Crise da Pandemia do Covid-19, tanto eu como o prefeito Cassina, o secretário da Saúde dr. Jorge Castro e toda nossa equipe de governo, além das medidas que tomamos, que possibilitou colocar Caxias no Mapa Brasileiro das Cidades Médias de 500.000 a 600.000 habitantes, como uma das com menor propagação do vírus e número de óbitos, participamos nesse período de centenas de reuniões com pessoas, entidades, autoridades estaduais e federais, mesmo participando dos grupos de risco, praticamente todos os dias com dez, doze e até quinze horas de trabalho direto, além de tocar a prefeitura com seus inúmeros problemas herdados da administração afastada pela Câmara e que são de conhecimento da cidade. O fato de, no meu caso, embora todos os cuidados permanentes (uso de máscara, lavagem constante das mãos, distanciamento possível, etc) ter testado positivo para o covid, era um risco previsível, como é para os demais servidores, especialmente nossos valorosos servidores da área da saúde. Nenhuma queixa, apenas estou cumprindo minha obrigação consciente para com minha cidade. Como recomendado pela área médica, estou me recolhendo por uns dias à minha casa, com todos os cuidados necessários, buscando proteger aqueles que comigo convivem seja no trabalho ou junto a amigos e familiares, mas em teletrabalho, como boa parte de nossos servidores, especialmente nossas equipes técnicas e nossos também valorosos (as) professores (as). Como apenas tive sintomas leves (dor nas costas, insônia e um pouco de dor de cabeça), não foi necessário até agora o uso de medicação, posto que pelos testes já estaria quase assintomático, mas não tenho óbices a usar, se necessário, com a devida recomendação médica, medicação para minha pronta recuperação. Eventuais críticas, manifestações de ódio gratuito e brincadeiras de muito mau gosto como já pude verificar em redes sociais, de uma pequena minoria cheia de mágoas, em absoluto me incomodam, faz parte. Como dizem os sábios "toda unanimidade é burra". Cada um com seus problemas. Vamos em frente, nos cuidando ainda mais. O vírus não é uma gripezinha, aliás, os mais de cem mil óbitos no país falam por si só. Segue a vida, segue a luta. Forte abraço a todos."
:: Em junho, uma declaração de Frizzo na Rádio Caxias provocou forte reação. Ele usou como exemplo os servidores da área da educação, que estariam "em casa" há três meses e, por isso, frequentariam shoppings em companhia dos filhos, aumentando a disseminação do coronavírus. A fala gerou nota de repúdio do Sindicato dos Servidores Municipais (Sindiserv), de Caxias do Sul.