O Maracaxias, realizado neste domingo (18), deve ter sido o último evento de Carnaval promovido pelo Bar Zanuzi em Caxias do Sul. O proprietário do estabelecimento, Silvio Zanuz, diz que não repetirá a festa em 2019. O mesmo vale para o Bloco do Zanuzi, ocorrido na terça-feira (13) passada.
De acordo com Zanuz, a celebração cresceu muito e a área do bar não comporta um público tão grande, que ficou entre 60 mil e 70 mil pessoas, somando os dois eventos:
— Nos estamos no Centro, o trânsito se torna difícil de controlar, e as áreas de circulação de pessoas também. São muitos fatores que a gente analisou, fica difícil ter um controle — explica.
A decisão está intimamente relacionada com as confusões registradas no entorno da festa. Na última terça, após o término do Carnaval, grupos de jovens atiraram garrafas na esquina da Rua Pinheiro Machado com a Alfredo Chaves. No domingo, um jovem foi espancado por várias pessoas na esquina da Sinimbu com a Doutor Montaury.
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— Esses grupos se reúnem fora do evento e a confusão acaba repercutindo negativamente. Decidimos parar antes que aconteça alguma coisa mais grave, que acabe prejudicando a imagem do bar — determina o proprietário.
Segundo Zanuz, não houve problemas com a segurança na área fechada do evento, entre a Avenida Júlio de Castilhos e a Rua Sinimbu, que contava com o controle de cerca de 25 funcionários.
— O primeiro evento não se esperava tanto público, não estávamos preparados para receber 40 mil pessoas. No segundo, funcionou super bem, com apoio da Guarda Municipal e da Brigada (Militar). Mas o que acontece em outras quadras foge do nosso controle — explica.
Juntamente com o Bloco da Velha, o Zanuzi foi um dos responsáveis por reviver o Carnaval de rua em Caxias. Silvio Zanuz não descarta continuar apoiando o Maracaxias em 2019, que é um grupo independente, mas não realizará nenhum evento de grandes proporções na área do bar.
Durante o Carnaval em Caxias, também foram registrados episódios de violência e perturbação no Largo da Estação Férrea.