Não faltam fé, trabalho e disciplina nos serviços prestados pela Pastoral de Apoio ao Toxicômano Nova Aurora (Patna), há 21 anos, em Caxias. Desde o ano passado, o que tem faltado é o mesmo que escasseou na maioria das entidades locais: dinheiro.
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Dedicada a recuperar dependentes de álcool e drogas em Caxias do Sul e região, auxiliando inclusive seus familiares, a Patna fechou ano passado a comunidade destinada a adolescentes e, mais recentemente, reduziu o número de residentes adultos em tratamento na comunidade do Travessão Santa Tereza. O atendimento de recuperação prestado a cerca de 50 pessoas, hoje, está restrito a 32.
Não há verba suficiente para pagar os funcionários, alguns com encargos como adicional noturno. Outros números refletem o tamanho da crise. Em 2014, as duas comunidades empregavam 23 pessoas e havia 60 colaboradores voluntários. Hoje, são 11 funcionários e 40 voluntários.
Para a Patna manter o serviço atual, são necessários R$ 40 mil mensais. Um convênio com o Ministério da Justiça já garantiu R$ 15 mil por mês, atualmente, o repasse é de R$ 10 mil. Uma empresa doa R$ 1 mil ao mês. Os outros R$ 39 mil são buscados por meio de brechós, ações entre amigos, almoços, doações de voluntários e boletos bancários, como o que está encartado na edição impressa deste sábado do Pioneiro.
Por meio do documento, é possível doar qualquer valor, até o próximo dia 15 de dezembro.
– Quando precisamos de alimentos e roupas, sempre conseguimos. Mas queremos fazer melhor, e precisamos de dinheiro, para pagar luz, telefone, internet, funcionários – informa a voluntária Maria de Lurdes Fontana Grison.