Robes Dolinski, 25 anos, acusado de assassinar duas mulheres em Caxias do Sul, no ano de 2014, fugiu do presídio da cidade na tarde de sexta-feira. Dolinski estava recolhido na Penitenciária Industrial de Caxias do Sul (Pics) há dois anos.
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De acordo com informações da Brigada Militar (BM) ainda não é possível afirmar como o detento fugiu. Conforme a ocorrência policial, agentes da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) e da guarda externa da BM não confirmam se ele pulou o muro.
Segundo o delegado da penitenciária, Roniewerton Pacheco Fernandes, até as 21h30min agentes fizeram conferências dentro do presídio, mas Dolinski não foi encontrado. Ele teria sido visto pela última vez às 15h15min, enquanto fazia o trajeto entre a cela e o pavilhão onde são realizadas as aulas do programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA), que ocorrem dentro do presídio. Entre este pavilhão e a sala de aula, não há câmeras de segurança.
A princípio, conforme o delegado, Dolinski teria fugido pela parte de trás da penitenciária, já que pela porta principal ele seria obrigado a passar por quatro revistas. A Susepe abriu uma sindicância para investigar o caso.
Os assassinatos
Dolinski estava preso preventivamente pelo assassinato e ocultação dos corpos de Rosangela Consoli dos Santos Alves e Vanessa Gobetti Jiordani. Os corpos das vítimas foram encontrados dentro da barragem da Maestra. Em imagens de câmeras de segurança usadas na época pela Polícia Civil, ele aparece saindo com Rosangela da casa de bailes Fogo de Chão, na madrugada de 26 de julho de 2014. Em outro vídeo apreendido pela polícia, Dolinski é visto deixando a boate Boca D'oro acompanhado de Vanessa na noite de 28 de julho.
Natural de Santa Izabel do Oeste (PR), Dolinski reside em Caxias desde 2007. Ele teria se mudado em busca de trabalho a convite de um tio. Na época dos assassinatos, ele era descrito por amigos e familiares como trabalhador e religioso. Antes de ser preso, ele trabalhava como pedreiro.
Fugas
A Serra registrou 24 fugas de presídios neste ano. Caxias do Sul tem o maior número de casos. Foram nove até setembro. A situação mais crítica é na Penitenciária Industrial de Caxias do Sul (Pics), com nove fugas.
Além de Caxias do Sul, a Serra registrou três fugas em Bento Gonçalves, onde o presídio fica no centro da cidade. Outros quatro casos foram em São Francisco de Paula, dois em Canela, dois em Nova Prata, e quatro em Guaporé. Todos foram recapturados, conforme a Susepe.