A Polícia Federal acredita ter desarticulado uma das principais quadrilhas de tráfico internacional de drogas que atuava na Serra. A Operação Decode cumpriu quatro mandados de prisões e sequestrou bens avaliados em R$ 2 milhões na manhã desta terça-feira. Os chefes da quadrilha seriam os irmãos Ariovaldo e Antônio Volmir Bopsin da Silva, naturais de São Marcos. No total, a investigação resultou em 11 prisões e na apreensão de 12kg de cocaína, seis mil comprimidos de ecstasy e 400 munições de calibre diversos.
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A Operação Decode teve início após a fuga de Ariovaldo da Penitenciária Industrial (Pics), em 3 de janeiro. Conhecido por Mulita, o detento cumpria pena por tráfico internacional de drogas e era considerado uma liderança entre criminosos. Em 2011, ele foi denunciado pelo Ministério Público (MP) como chefe de um esquema de distribuição de drogas que envolvia mais de 60 pessoas de 16 grupos diferentes em Caxias do Sul. Mulita acabou preso em abril, quando organizava assaltos em Santa Catarina.
– Estava realizando estes crimes para se capitalizar e reestruturar sua quadrilha de tráfico em grande dimensão. Foi comprovada sua participação em um roubo a hotel com armamento pesado. Ele estava em fase de preparação de novos assaltos quando a polícia local interviu. A partir daí, o seu irmão Antônio assumiu como chefe operacional e foi o responsável direto por aquela carga de 12kg de cocaína que apreendemos em Vacaria – explica o delegado Noerci da Silva Melo, chefe da Polícia Federal em Caxias do Sul.
No total, a Operação Decode resultou em 11 prisões. Todos serão indiciados por tráfico internacional de drogas e associação ao tráfico. Também nesta manhã, a Polícia Federal apreendeu três casas em Caxias do Sul e outros imóveis em Florianópolis, que teriam sido comprados com o lucro da prática criminosa.
– É uma forma de descapitalizar estes traficantes, o que sempre buscamos fazer quando deflagramos uma operação. Foi o que fizemos hoje. Estes bens estão avaliados em R$ 2 milhões. Descapitalizar é uma forma de reduzir a atividade e a reincidência de traficantes investigados. Foi o que aconteceu com o Ariovaldo, que estava promovendo assaltos em Santa Catarina justamente para se recapitalizar – aponta o delegado Noerci.