Como já diziam os antigos, é preciso aprender com os exemplos que vêm de cima. Eu, na condição de integrante compulsório daquilo que se conhece como “povo brasileiro”, também sou representado pelos políticos federais em âmbito nacional; estaduais em seara estadual e municipais em esfera municipal. Os políticos agem, e lá estou eu, representado. Quer eu queira, quer não. Os políticos aprovam leis, xingam uns aos outros, derrubam presidentes, cospem, aplaudem criminosos, atropelam as leis que eles mesmos criam, falam asneiras, analisam o sexo dos anjos, cabulam sessões, metem-se em maracutaias e passam a ser investigados, investigam uns aos outros, dão tapinhas nas costas e lá estou eu, como sempre, representadíssimo. Quer eu queira, quer não. Já disse, eu sei, mas é importante sublinhar essa condição compulsória, nobre leitor, excelentíssima leitora.
Cotidiano
Marcos Kirst: da tribuna da crônica mundana II
Eu também quero proceder igual aos deputados federais e oferecer esta minha crônica
Marcos Kirst
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