Na mesma semana em que 65 moradores foram liberados para retornar para o bairro Piratini, em Gramado, o prefeito Nestor Tissot, anunciou que 30 casas da mesma localidade poderão ser condenadas por estarem em área com risco de deslizamento de terra.
A informação foi confirmada à reportagem, contudo as ruas em que as casas estão localizadas não foram detalhadas. Segundo a prefeitura, uma equipe de geólogos está avaliando a situação do bairro Piratini. Equipamentos instalados no local monitoram a movimentação do solo. Ainda não há estimativa de quando o estudo será concluído.
Tissot também indicou que a prefeitura pretende adquirir os terrenos das casas que serão condenadas. A ideia é avaliar os lotes conforme o tamanho que consta na escritura para realizar a desapropriação.
A proposta foi apresentada aos moradores do Piratini na reunião realizada na quarta-feira (12). Contudo, a prefeitura decidirá se a compra vai ocorrer nesses moldes após ter a definição de quantas casas serão condenadas.
Segundo o prefeito, essas áreas serão desapropriadas para “recuperar toda a encosta, recuperar as ruas e ver a possibilidade de ainda serem transitáveis, no mínimo para o pedestre. Mas acredito que carros leves também poderão [transitar]”.
De acordo com Tissot, a administração não planeja construir novas moradias populares devido à demora do processo construtivo, além do tempo de adequação do entorno para atender a demanda da população.
— Tu tem que localizar o terreno, tem que fazer a liberação ambiental, a terraplanagem, a estrutura da água, energia. Depois, precisa pensar em uma escola infantil, posto de saúde. Então, isso é demorado e a população vai ficar carente desses serviços — avalia.
O prefeito também alega que a maior parte dos moradores do bairro Piratini são antigos na cidade, por isso possuem familiares ou outras propriedades no município. Dessa forma, já estariam assistidos de infraestrutura caso precisassem se mudar.