O abastecimento de insulina está em atraso desde a metade junho em Caxias do Sul, segundo a Secretaria Municipal da Saúde (SMS). O medicamento para tratar o nível de glicose no sangue em pacientes com diabete é entregue na Farmácia Especializada e é fornecido pelo Estado. Segundo a SMS, não há previsão para recebimento de uma nova remessa. Atualmente, cerca de 300 pessoas estão cadastradas em Caxias para receber o remédio.
Com a falta na rede pública, a alternativa é adquirir a substância na rede privada. O valor médio da insulina de ação rápida, que é a que está em falta, é de cerca de R$ 50 por unidade nas farmácias da cidade.
O Ministério da Saúde afirmou que irá distribuir para o Rio Grande do Sul 9 mil unidades de insulina até esta sexta-feira (16). O desabastecimento ocorre porque a Secretaria Estadual da Saúde (SES) não recebeu nova remessa do governo federal. Conforme a SES, a compra do medicamento é feita pelo Ministério, que deveria ter entregue em junho um lote suficiente para atender os próximos três meses (julho, agosto e setembro). A SES solicitou 43.047 frascos para atendimento da demanda trimestral do Estado. A quantidade de 9 mil é suficiente, segundo a secretaria, para a cobertura estadual de cerca de 18 dias.
Assim que a substância chega ao almoxarifado central, em Porto Alegre, é avaliado se o lote cumpre as normas de qualidade para recebimento. Como se trata de um desabastecimento, esse medicamento não será encaminhado na rotina normal de distribuição. Assim, serão geradas guias extra para envio para as Coordenarias Regionais de Saúde e municípios. A SES explica que, após o envio para as Coordenadorias do Interior, os municípios são os responsáveis pela retirada do medicamento, seja no almoxarifado central ou na CRS correspondente.
Em nota, a SES esclarece que, devido a este procedimento, não é possível estimar uma data precisa em que a insulina chegará em cada município do Rio Grande do Sul, já que também depende da logística das prefeituras.