Depois de uma primavera com chuva abaixo da média no Estado, o verão deve seguir da mesma forma. Segundo a Somar Meteorologia, o país continua sob o efeito do fenômeno climático La Niña. Neste ano, ele está sendo considerado o terceiro mais intenso nos últimos 20 anos, perdendo apenas para 2008 e 2010. Apenas o litoral do Rio Grande do Sul é que deve ter precipitações perto do normal, mesmo assim, não deve ser capaz de aumentar o nível dos reservatórios. Haverá episódios de granizo mais frequentes e temperaturas menos extremas.
A estação mais quente do ano começa no dia 21 de dezembro às 7h02min. Essa hora marca o solstício de verão, o momento em que o Hemisfério Sul recebe a máxima de radiação solar, e data também que marca o dia mais longo do ano e a noite mais curta. Em 2020, a estação será marcada pelo fenômeno La Niña no Oceano Pacífico, que vem ganhando força aos poucos.
A meteorologista Fabiene Casamento, da Somar, explica que isso impacta em, por exemplo, chuva abaixo da média no Sul no decorrer da estação – ainda mais se considerarmos que o ano de 2020 como um todo já teve pouca chuva. Para este verão, chove abaixo da média no oeste e noroeste gaúcho, e apenas o litoral do Rio Grande do Sul é que deve ter precipitações perto do normal. Apesar disso, a chuva não será frequente durante todos os três meses, e nem será capaz de aumentar o nível dos reservatórios nesta região, conforme a Somar.
De acordo com Fabiene, "as características da chuva em anos de La Niña mudam um pouco: há episódios de granizo mais frequentes, por causa de atmosfera resfriada, e menos extremos de temperatura, em relação a um ano neutro. A temperatura em média permanecerá próxima da média histórica na maior parte do Estado. O calor acima do normal será visto no oeste e sul do Rio Grande do Sul, em áreas mais próximas ao Uruguai."
Em Caxias do Sul, geralmente, a média é de 425 milímetros de chuva no verão, segundo a Somar. E é em torno desse valor que choverá na cidade nesta estação. As temperaturas também devem ficar dentro dos padrões históricos, com máximas de até 26,3ºC e mínimas de 17°C.
As represas do município estão com bons volumes de reservação, que variam entre 90,01% (Maestra) a 99,5% (Samuara). A exceção é o complexo Dal Bó, que estava com 77,42% da capacidade, na última medição feita em 14 de dezembro.