Os sistemas de abastecimento de água Maestra e Dal Bó, em Caxias, terão os processos de tratamento e distribuição unificados. A alteração vai ocorrer a partir da reforma e ampliação da Estação de Tratamento de Água (ETA) Celeste Gobbato, que fica no bairro Pioneiro. As obras estão previstas para começar dentro de 15 a 20 dias.
Atualmente, os dois sistemas operam de forma independente. Enquanto a Celeste Gobbato trata a água captada na represa Maestra, as três represas do complexo Dal Bó são atendidas pela ETA Borges de Medeiros, no bairro Madureira. Esta última entrou em operação em 1928, inaugurando o sistema de tratamento de água da cidade. Com quase 100 anos, a unidade atende atualmente 6% da população e precisaria passar por modernização. Contudo, o Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae) também identificou a necessidade de modernização da Celeste Gobbato, inaugurada há cerca de 40 anos. A opção, então foi desativar a Borges de Medeiros e ampliar a ETA que fica no bairro Pioneiro para atender os dois sistemas.
— Considerando o número de pessoas atendidas pela Borges de Medeiros e que teria que ser reformada a Celeste, tomamos esse caminho que foi o de otimização — explica o diretor-presidente do Samae, Ângelo Barcarolo.
Com a reforma, a unidade que hoje atende o Maestra vai ampliar a capacidade de 450 litros por segundo, não utilizada totalmente, para 500 litros por segundo. Isso vai permitir absorver a demanda de 50 a 60 litros por segundo tratados no sistema Dal Bó. Além disso, a ETA vai receber novos equipamentos, passando a ter operação automatizada, inclusive no manejo dos resíduos.
— Há 40 anos, ela foi feita com a técnica que tinha. O que é feito manualmente hoje será levado a um patamar de total automação — revela Barcarolo.
Apesar da ETA Borges de Medeiros se tornar ociosa após a conclusão das obras, o Samae não pretende se desfazer da área. O plano é revitalizar a estrutura e transformar em uma espécie de museu do sistema de água da cidade.
— Estamos trabalhando numa espécie de acervo histórico do abastecimento — destaca o diretor-presidente.
A interligação dos dois sistemas já está em andamento, segundo Barcarolo. Já a reforma da ETA Celeste Gobbato está prevista para ser concluída em um ano e meio a partir da ordem de início. A obra está orçada em cerca de R$ 23,2 milhões.