Mesmo após a normalização do nível de reservatórios e açudes, além da recuperação das vertentes em propriedades do interior, segue vigente o decreto de situação de emergência estabelecido ainda no início de maio em Caxias do Sul. Conforme a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Smapa), o prejuízo causado pelo período da seca, que teve início em novembro de 2019, estendendo-se até o final de junho, causou prejuízos que ultrapassam R$ 100 milhões.
De acordo com o titular da pasta, Valmir Susin, os decretos municipais assinados na região, assim como o estadual e o nacional, seguem vigentes até que se encerre o ciclo de recuperação do setor, incluindo o repasse de recursos e as negociações com os bancos.
Segundo ele, nas mais de cinco mil propriedades agrícolas de Caixas do Sul, os maiores impactos foram nas produções de maçã, milho e uva.
— No caso das frutíferas, excelente qualidade da colheita obtida neste ano acabou compensando a quebra de produção, que foi de aproximadamente 40% — afirma o secretário.
Ainda conforme Susin, uma força-tarefa realizada em parceria com o Samae, garantiu o abastecimento a propriedades que ficaram sem água. O trabalho envolveu a instalação de reservatórios e a recuperação de vertentes. O secretário garante que as novas estruturas permanecem ativas e poderão ser necessárias nos próximos períodos de seca.
— O setor já se prepara para um novo período de estiagem que deve ocorrer a partir de novembro e a estrutura de abastecimento construída ao longo dos últimos certamente vai colaborar para amenizar os impactos — completa o secretário.