Integrantes da comissão pró-segurança de Bom Jesus estiveram reunidos com o secretário de Segurança Pública do Estado, Ranolfo Vieira Júnior, na manhã desta quinta-feira. Eles foram a Porto Alegre pedir mais policiais militares e civis e um delegado da Polícia Civil titular para a cidade.
O município, que já registrou nove mortes violentas neste ano, o triplo do ano passado, tem efetivo de quatro policiais civis e dois estagiários. O delegado que atende a cidade é sediado em Vacaria, distante 60 quilômetros. No posto da Brigada Militar, são dois policiais por turno de 24 horas, uma defasagem de mais de 50%. Segundo o comandante da unidade, tenente Ricardo Snitowski Bassan, seria preciso ter 21 PMs, mas a cidade tem nove.
Conforme o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) da cidade, Juliano Grazziotin, que compõe a comissão, o secretário Vieira Júnior ficou muito preocupado com o alto índice de criminalidade da cidade. Ficou de dar um retorno ao grupo em 30 dias sobre a possibilidade de nomeação de um delegado. Já a destinação de mais policiais militares só será possível após a conclusão de formação dos aprovados no último concurso público e que ainda não começaram a ser chamados.
– Ele (secretário) prometeu, em um prazo máximo de 30 dias, dar uma solução para nossas reivindicações. Explicou a grande defasagem na polícia, tanto na Brigada Militar quanto na Polícia Civil. Disse que o número de policiais que estão pedindo aposentadoria em função da reforma da previdência é muito grande, mas, dentro do possível, vai tomar medidas para diminuir a criminalidade em Bom Jesus – relatou Grazziotin.