Um grupo de amigos e colegas da estudante Maria Eduarda Souza do Rosário, 12 anos, que morreu em um acidente de trânsito no dia 25 de novembro, participou de um protesto na manhã desta sexta-feira em Vacaria. A garota morreu logo após a colisão no Km 102 da BR-285. O avô dela, Pedro Borges do Rosário, 71 anos, não resistiu aos ferimentos e morreu dois dias depois no hospital.
Cerca de 200 pessoas participaram do ato, que incluiu protesto na delegacia de Polícia Civil e também no Ministério Público.
— Com essa manifestação, esperamos que se apure bem de que forma aconteceram todos os fatos — diz a supervisora da Escola Dalva Zanotto de Lemos, Bibiana Fonseca.
A colisão envolveu a Renault Duster, onde a família de Maria Eduarda estava, e uma caminhonete F250, com placas de Caxias do Sul. O motorista da F250, Sílvio César Spitzer, pagou fiança de R$ 10 mil e foi liberado no mesmo dia do acidente. Conforme o delegado Carlos Alberto Defaveri, ele deverá responder por duplo homicídio de trânsito.
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No Renault Duster, também estava Marcia Aparecida Souza do Rosário, 44, e Alceu Borges do Rosário, 46, pais da adolescente. Eles não tiveram ferimentos graves.
Segundo a Polícia Civil de Vacaria, o condutor da F250 estaria com um grupo de amigos caçando na cidade e se deslocava para uma propriedade de Bom Jesus. Essas pessoas, que estavam em outro veículo, teriam fugido do local após presenciar o acidente.
— Estamos apurando também dois condutores de caminhonetes que eram do grupo e não prestaram socorro. Um é de Vacaria, possui propriedade na região, ia na frente e voltou para ver o que aconteceu, deparou-se com a tragédia e voltou para a propriedade. Outro, seguia atrás, deu meia volta e voltou para Vacaria, indo embora para Caxias do Sul, onde mora. Vão responder por omissão de socorro — detalha Defaveri.
O inquérito deve ser concluído em 30 dias.