O pagamento de R$ 1,8 milhões realizado pela prefeitura de Bento Gonçalves à Fundação Araucária, na terça-feira, é insuficiente para colocar fim à greve dos médicos na rede pública de saúde. A paralisação começou há uma semana e, apesar da quitação dos salários mensais, vai se prolongar por causa do atraso no depósito do 13º salário, que não tem data para ocorrer. As informações são da Gaúcha Serra.
A fundação, responsável pela contratação de parte da mão de obra utilizada no SUS do município, diz que conclui nesta quarta-feira o depósito dos salários de todos os funcionários. Até então, celetistas tinham recebido 40%. Médicos contratados como Pessoa Jurídica começaram a receber apenas na terça-feira.
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Conforme o presidente da Fundação Araucária, Elmo Centenaro, o pagamento do 13º salário só será tratado a partir de fevereiro, como estabelecido em acordo judicial. No entanto, o Sindicato dos Médicos diz não ter participado da negociação realizada entre prefeitura, fundação e entidades sindicais representantes de outras categorias. Por isso, os médicos mantêm a paralisação até o acerto da bonificação. Conforme o presidente do sindicato, Marlonei Santos, são 105 médicos envolvidos na greve.
A adesão dos médicos à greve é alta e prejudica o atendimento principalmente nos postos de saúde. A UPA, o Pronto Atendimento 24 horas do Bairro São Roque e o SAMU atendem aos casos de urgência e emergência. A prefeitura admite que tem atrasos nos repasses à Fundação Araucária.