Gosto de esporte, até de futebol. Mas gosto mais das olimpíadas onde é possível ver a superação de tantos atletas. No entanto, esses dois grandes eventos que aconteceram no Brasil não me trouxeram sorte.
Em 2014, no dia 7 de julho, estavam em campo Alemanha e Brasil quando recebi a notícia de que o tumor era maligno. O resultado do jogo ninguém esquece. Na minha vida, começava minha primeira batalha contra o câncer. Também não vou esquecer.
No dia 10 de agosto de 2016, a judoca Mayra Aguiar ganhava, na raça, a medalha de bronze. E eu buscava força e raça para digerir a confirmação do segundo câncer de mama. Mesmo assim não deixei de torcer a cada conquista dos atletas brasileiros.
É um consolo ver a garra desses atletas. A minha segue no mesmo caminho, embora em campos e arenas diferentes. Esporte à parte, estou focada em buscar energia para a mastectomia bilateral (retirada das mamas) que vai acontecer na semana que vem. Sei que preciso me alimentar e dormir bem para que a recuperação seja mais rápida. Não está sendo fácil. Estou tentando.
Por enquanto estou no aguardo da liberação das próteses por parte da operadora de saúde.