Antes apenas experimentos, combustíveis alternativos aos fósseis agora são realidade no transporte coletivo brasileiro. Ônibus movidos a eletricidade, a biogás e, mais recentemente, a hidrogênio já operam nas ruas do país, mesmo que em fase de testes. Ontem, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, entregou em São Bernardo do Campo, três novos ônibus Marcopolo Viale BRS movidos a hidrogênio para transporte urbano no Brasil. Os ônibus vão circular no Corredor São Mateus-Jabaquara (ABD), inclusive no trecho Diadema/Morumbi. Os veículos integram o projeto piloto desta modalidade lançado em 2006.
Segundo o diretor de operações comerciais da Marcopolo, Paulo Corso, o Brasil é o primeiro país do hemisfério sul a produzir ônibus movidos a hidrogênio.
- Só Alemanha, Canadá, Estados Unidos e agora o Brasil têm a capacidade de produzir este tipo de veículo. O destaque é que, graças ao trabalho de engenharia da Marcopolo, o veículo tem a mesma capacidade de passageiros do que um modelo diesel convencional, o que o distingue de outros movidos a combustíveis limpos, onde a capacidade é bastante pequena - explica o executivo.
Ele informa que, hoje, a Marcopolo está se preparado tecnologicamente para produzir carrocerias para todos os tipos de ônibus alimentados por energias alternativas. A empresa já desenvolveu unidades para veículos elétricos, híbridos, etanol, gás e hidrogênio.
- O modelo para São Paulo é relacionado ao baixo nível de emissão de ruído, conforto e zero emissões de poluentes.
Corso acredita que o projeto ônibus brasileiro movido a hidrogênio é mais um passo importante para consolidar a vocação do país para o uso de combustíveis renováveis.
Um dos entraves pode ser o custo. A alta pode chegar a 200% em relação a um ônibus a diesel.
Como funciona o processo
Economia
Ônibus movido a hidrogênio, produzido em Caxias pela Marcopolo, circula nas ruas de São Paulo
O Brasil é o primeiro país do hemisfério sul a produzir ônibus movidos a hidrogênio.
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