Enquanto a construção do aeroporto de Vila Oliva não decola, a Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias (CIC) defende que a obra seja realizada pela iniciativa privada e sinaliza a possibilidade de criação de um distrito industrial na área. Segundo o diretor de Infraestrutura, Nelson Sbabo, cinco fundos internacionais e outros nacionais estariam interessados no negócio. Ele não informa, no entanto, os nomes dos envolvidos. De acordo com a ideia apresentada pela entidade, a obra deixaria o programa de incentivo à aviação regional do governo federal.
Os investidores, que hoje administram aeroportos mundo afora, estariam dispostos a bancar a construção em Vila Oliva e, em troca, explorariam o negócio por certo tempo. Parte dos grupos atuariam na Europa e no Oriente Médio. Pelo menos um dos fundos de fora do país estaria interessado um montar um polo industrial nos arredores do aeroporto, o que fortalece a ideia da CIC de transporte de cargas.
- Os nomes dos investidores só são informados ao Governo Federal, para obtenção da concessão. Não queremos prejudicar a negociação - argumenta Sbabo.
Em entrevista coletiva na abertura da Femaçã, em Veranópolis, o Ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha, deu sinal positivo para a ideia da CIC:
- Sou parceiro 100%. Não é nenhum problema, é solução.
Para o prefeito Alceu Barbosa Velho (PDT), basta que o aeroporto se torne realidade:
- O que eu quero para Caxias é que o projeto do futuro aeroporto seja concretizado. O município já fez todos os esforços possíveis. A área foi declarada de utilidade pública, foi gravado o plano diretor pra ela e o terreno está reservado. Só falta o Estado mandar o dinheiro para desapropriá-la.
Único representante de Caxias na Câmara dos Deputados, Mauro Pereira (PMDB) acredita que a parceria com a iniciativa privada é positiva, mas defende cobrança forte junto ao governo federal:
- Essa parceria só soma, mas tem que haver forte cobrança junto ao ministro. Quando o pessoal busca outras maneiras, fica cômodo para o governo.
