Aplicativos para celulares e tablets ajudam a mapear e denunciar crimes

Para divertir, informar ou facilitar tarefas, aplicativos para celulares e tablets caíram no gosto do público. Na área da segurança, eles tornaram-se ferramentas que ajudam a mapear incidências de crimes e, em alguns casos, até a denunciá-los. É o caso do Sinesp Cidadão.

O programa desenvolvido pelo Ministério da Justiça já ajudou a recuperar mais de 100 mil carros furtados ou roubados. Lançado em dezembro de 2013, o recurso foi baixado até agora mais de 3,6 milhões de vezes em tablets e celulares.

Digitando a placa do veículo é possível verificar se o automóvel tem restrição de furto ou roubo. Os dados são originários do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), que disponibiliza as informações da frota nacional - com mais de 80 milhões de veículos cadastrados - atualizadas pelos Departamentos Estaduais de Trânsito (Detrans).

Ano passado, outros dois módulos foram implantados ao Sinesp Cidadão. Eles possibilitam que o usuário pesquise sobre pessoas com ordens de prisão expedidas e sobre pessoas desaparecidas. Basta digitar o nome do suspeito ou do desparecido que a informação surge na tela. O que é simples para o usuário envolve um amplo sistema de integração entre o governo federal e Estados.

No caso dos mandados de prisão, as informações são atualizadas pelo Banco Nacional de Mandados de Prisão, abastecido pelos Tribunais de Justiça de cada Estado. Desde que a atualização foi lançada, aproximadamente 4 mil foragidos em todo o país foram presos com a ajuda do aplicativo.

O módulo Desaparecidos foi criado há quatro meses. Por enquanto, há informações sobre pouco mais de 5 mil pessoas sumidas dos Estados de Sergipe, Santa Catarina e Espírito Santo. A expectativa é que, aos poucos, os outros territórios nacionais adotem a parceria. O aplicativo caiu no gosto também das autoridades policiais. 


- É importante que a população tenha acesso a esses dados. É parte do direito do cidadão. Ainda que a polícia tenha um sistema de consulta integrada, quando estou em diligência na rua e preciso fazer alguma consulta, eu mesmo uso o Sinesp. Ele é mais prático e rápido - destaca o delegado da Delegacia de Furtos, Roubos, Entorpecentes e Capturas, Mário Mombach.