Transparência é ideal que precisamos perseguir incansavelmente, pois não há dúvidas de que ainda tateamos nas sombras em diversos pontos da coisa pública.
A Lava-Jato.
A Operação Lava-Jato ingressa em nova fase, fase importantíssima, pois alcança os políticos investigados no bilionário roubo à Petrobras.
Sem participação de políticos não há corrupção, correto? Então combinemos, há políticos envolvidos no esquema.
Infelizmente, ainda não está 100% assegurado que os políticos apontados na lista do procurador-geral da República terão os nomes divulgados.
Defendo a divulgação dos nomes logo, ontem, já.
Naturalmente, todos temos direito à ampla defesa, mas a divulgação dos nomes dos políticos suspeitos não significa que terão a defesa comprometida.
Não liberar o nome das três dezenas de políticos da lista do procurador equivale a pôr sob suspeita todos os 81 senadores e todos os 513 deputados federais.
Não liberar a lista é injusto com quem está limpo.
Quem não deve não teme.
Invoco o preciso ditado para perguntar, mais uma vez: cadê os políticos que se dizem honestos, que poriam a mão à palmatória, que se submeteriam espontaneamente ao detector de mentiras, que afirmam defender o cidadão, que se dizem do bem, quê?
Cadê eles?
Caso finalmente aparecessem, os políticos honestos poderiam criar uma bancada do bem para abrir corneta contra os políticos desonestos.
Cadê eles?
Já estamos calejados de tantos escândalos, e a bancada do bem jamais foi sequer esboçada.
Teoria que prefiro crer fantasiosa: não há políticos honestos, portanto a tal bancada do bem contra os desonestos jamais será criada.
Aqui em Caxias volta e meia a transparência também é sombreada.
A novela Marrecas é caso que grita pedindo explicações.
Se não há o que explicar, se está tudo nos conformes, por que as idas e vindas que tão frequentemente emperram o funcionamento do sistema não são informadas espontânea e claramente?
Opinião
Gilberto Blume: cadê os políticos honestos? Caso existam, poderiam criar a bancada do bem contra os desonestos
Já estamos calejados de tantos escândalos, e a bancada do bem jamais foi sequer esboçada
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