Desde que surgiu, em 2001, o projeto Amigos do Pompéia ganhou um garoto-propaganda de peso: o técnico da Seleção Brasileira de Futebol Luiz Felipe Scolari. Na época, Felipão ganhava fama como treinador do Grêmio e logo depois, conquistava a Copa do Mundo, em 2002, com a camisa verde-amarela.
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para os 100 anos do Hospital Pompéia
O responsável por ligar o nome de Felipão ao Pompéia foi o ex-goleiro Cezar Ângelo Bagatini, colega do técnico na SER Caxias na década de 1970.
- Um dia ele me ligou e disse: "olha Felipe, estou fazendo um trabalho para o Pompéia e queria que tu me ajudasse". E aí me colocou em contato com o (superintendente-geral Francisco) Ferrer, com as pessoas do Pompéia. E passamos a ter um relacionamento muito maior. A solicitação do hospital foi para usar a minha imagem. Naquela época eu tinha sido treinador do Grêmio, e depois da Seleção. Eles queriam usar o meu nome para alavancar o projeto em Caxias e para ajudar o hospital fazer as obras que se precisava - recorda Scolari.
Confira, no vídeo abaixo, o depoimento de Felipão:
Bagatini, que já morava em Caxias do Sul, viu no amigo e colega uma chance de alavancar o Amigos do Pompéia:
- O Hugo Pan, que era meu colega de Rotary, me sugeriu a ideia. Com o apoio do Ferrer, queríamos envolver uma pessoa que fosse importante para a cidade. Caxias representou muito para nós, para o desenvolvimento profissional tanto meu quanto do Felipão. E vi que seria interessante porque ele é mundialmente conhecido e valorizaria muito as raízes nossas aqui - lembra Bagatini.
O técnico da Seleção diz que fica orgulhoso em receber todos os resultados das campanhas às quais empresta o nome. E garante que sempre que é convocado, faz questão de ajudar.
- Sem me preocupar com A, B ou C, sei que as pessoas serão ajudadas porque alguém teve a vontade de começar alguma coisa. E não fui eu, foram eles, que só pediram uma ajuda para mim. Eu dei uma ajuda mínima. Venho aqui, ando pelas alas do hospital, vejo os doentes, converso um minuto. Para eles é importante, para mim é importante. Porque? Me dá uma alegria de saber que eu participo de uma coisa que faz bem a algumas pessoas que eu nem sei quem são - revela Scolari.
Bagatini, que acompanha o técnico sempre que ele vem a Caxias do Sul, reforça a importância do projeto Amigos do Pompéia, que conforme estimativa do próprio hospital, já arrecadou cerca de R$ 4,24 milhões, dinheiro que foi aplicado em obras que beneficiaram cerca de 2 milhões de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).
- As pessoas que estão administrando esse projeto estão pensando na cidade. Não é um projeto comercial, onde se visa lucro, mas, sim, no bem estar e na solidariedade a todo o povo de Caxias - destaca Bagatini.
E se depender de Scolari, ele deve permanecer ainda por muito tempo como o garoto-propaganda do Pompéia, lugar onde viu o filho Leonardo nascer, em 1983, e onde foi operado de uma fratura do nariz, por volta de 1975, quando ainda jogava na SER Caxias.
- Lembro que a cirurgia foi feita no Pompéia, mas não lembro quem operou. Sei que ficou torto, mas deu mais charme para o meu rosto - brinca.
Amigos do Pompéia
100 anos do Hospital Pompéia: "me dá uma alegria de saber que eu participo de uma coisa que faz bem a algumas pessoas que eu nem sei quem são", afirma Felipão
Luiz Felipe Scolari, técnico da Seleção Brasileira, é garoto-propaganda do projeto Amigos do Pompéia desde 2001
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