A dona de casa Jocelaine Padilha, 33 anos, mora de favor na casa da mãe há 14 anos. A cozinha da casa dela possui um alçapão, que leva até o quarto da família. O espaço é tão pequeno que ela e o marido precisam dividir a cama com a filha.
- Eu vivo dentro de uma lata de sardinha. A gente precisa sair daqui - diz.
O nome de Jocelaine integra o cadastro do Minha Casa, Minha Vida na Secretaria Municipal da Habitação. O termo de adesão para a segunda fase do programa do governo federal foi assinado pela prefeitura e pela Caixa Econômica Federal na sexta-feira, dia 21, e as obras devem se iniciar no ano que vem.
No entanto, além da dona de casa, o cadastro possui mais 10 mil pessoas esperando para serem contempladas com uma casa própria subsidiada pelo governo.
- Tivemos que parar de aceitar senão íamos enlouquecer. Não vamos receber novas inscrições, nem teria porquê, tem tanta gente aguardando. Esse programa vem muito bem - afirma o secretário municipal da Habitação, Flávio Cassina, que acredita que o início das novas construções representa, mesmo que bem de leve, um alívio no déficit habitacional de Caxias.
Segundo Cassina, um estudo do final de 2010 aponta que Caxias tem 7 mil casas que precisam ser reconstruídas e em torno de 26 mil que necessitam de melhorias. Ou seja, a cidade apresenta 33 mil residências que necessitam de atenção do poder público.
Ele não estima a quantidade de unidades habitacionais que serão construídas na segunda etapa do Minha Casa, Minha Vida. O que já se sabe é que a prefeitura tem a pré-aprovação de projetos para realocar famílias que hoje vivem na extensão da rede ferroviária e nas margens da Rota do Sol (no bairro Santa Fé).
A segunda fase do Minha Casa, Minha Vida, priorizará famílias de zero a três salários mínimos.
Leia mais no Pioneiro desta segunda-feira.
Geral
Fila de espera para o Minha Casa, Minha Vida 2, em Caxias, é de 10 mil
Termo de adesão ao programa nacional já foi assinado, mas obras começam apenas ano que vem
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