Na vitória do Juventude sobre o Figueirense, por 2 a 1, nesta sexta-feira (22), sobrou transpiração e superação. E ela também serviu para que o técnico Pintado exaltasse o seu grupo de jogadores, como costuma fazer em quase todas entrevistas pós-jogo. O treinador ressaltou a força dos atletas e usou muitas frases de impacto para explicar a virada sobre o rival do Z-4. Também sobrou para a arbitragem nordestina, que foi escalada nas últimas duas partidas.
Num jogo tecnicamente ruim e com muitos erros de ambos os lados, Pintado admitiu que faltou um pouco de tranquilidade para o time, e explicou os motivos:
— Está difícil segurar a ansiedade e segurar a pressão dessa temporada. Chegar nesse momento e ainda tendo a possibilidade do acesso é muito importante. Isso fala muito de uma temporada muito legal que estamos tendo.
Depois de um primeiro tempo onde as poucas e melhores chances foram do Ju, o treinador foi para o tudo ou nada no segundo tempo. As saídas de Renato Cajá e Matheuzinho, ambos com boa atuação até então, foram justificadas pelo desgastes dos jogadores.
— A ideia era refrescar um pouco e colocar intensidade, como foi no gol do Bambam. Fomos para o tudo ou nada. E foi o nosso coração e a nossa vontade de vencer que nos deu a vitória — acrescentou o treinador.
A semana será para descanso de muitos atletas. Na próxima semana, ele espera ter força máxima ou pelo menos o reforço de Capixaba, Wellington e Eltinho para a decisão diante do Guarani, sexta (29), em Campinas. Ao menos é isso que se pretende. O desfalque certo é o goleiro Marcelo Carné, que recebeu o terceiro cartão amarelo.
SOBROU PARA A ORIGEM DA ARBITRAGEM
O gol anotado pelo Figueirense partiu de um erro claro da arbitragem. Antes do lateral Renan Luís cruzar, a bola já tinha cruzado a linha de fundo. O auxiliar Clériston Rios, de Sergipe, não acompanhou a jogada e validou o lance. Foi alvo de muitas reclamações. O treinador alviverde colocou em desconfiança o trio pelo fato de ser nordestino, quando o Ju briga por uma vaga na Série A contra o CSA, de Alagoas.
— O que me deixa de surpresa é a falta de atenção da comissão de arbitragem. Nos dois últimos jogos foram árbitros do Rio Grande Norte, regiões próximas do CSA. Tudo isso expõe a arbitragem de maneira incômoda, eu fico preocupado. Não pode ser coincidência. Hoje ficou marcado que não jogamos só contra o adversário. A gente entende o erro de arbitragem, mas hoje ficou claro essa dificuldade de interpretação deles e que acaba nos prejudicando na partida — protestou Pintado.