Se Denner, meia do Juventude, fosse entrar na onda da febre das redes sociais, o Desafio dos 10 anos (#10yearschallenge), ambas as fotos postadas seriam com a camisa do Ju. Desde os sete anos no clube, o jogador de 19 anos vive o contraste de agora ser protagonista na equipe alviverde.
Foi assim no domingo, quando o Juventude bateu o Pelotas por 1 a 0. O gol foi de Denner, logo aos cinco minutos de jogo. E de cabeça, algo raro na curta, mas promissora carreira.
— Se fiz dois ou três na base deste jeito foi muito. Não fazia gols de cabeça — relembra o jogador.
Denner nasceu em Itapiranga, no Oeste de Santa Catarina, mas veio ainda criança para Vale Real, na Serra Gaúcha. Mas foi em 2011, aos 11 anos, que intensificou as atividades no Juventude, quando se mudou com o pai para Caxias do Sul.
— Olhando as fotos me passa na cabeça coisas de quando eu era pequeno. Conversava e pensava um dia estar no profissional do Juventude. Hoje me vendo aqui fazendo gol no profissional, fico muito feliz — acrescenta.
Acostumado com estreias
A palavra estreia soa bem para o meia. Desde que ingressou nos profissionais, teve três delas de forma marcante. No ano passado, em 8 de março, iniciou uma partida como titular pela primeira vez no Ju. Na época, a partida contra o São José, em Porto Alegre, marcava a primeira vitória de Julinho Camargo no comando da equipe. Pontos determinantes para evitar o rebaixamento no Gauchão 2018.
Aos poucos, veio a Série B e ele foi perdendo espaço na equipe. Quando Luiz Carlos Winck assumiu o Ju, na 24ª rodada da competição nacional, o jovem já havia atuado no torneio, mas oscilando entre titular e reserva. Na estreia de Winck, contra o Paysandu, em 31 de agosto, também fora de casa, um dos momentos mais marcantes para o meia. Ele fez o primeiro gol como profissional nos 3 a 3 em Belém, no Pará.
Agora, o momento é outro. A responsabilidade também. Nesta temporada, o atleta iniciou os trabalhos como referência no meio de campo alviverde:
— No ano passado entrei num momento difícil. Tinha muita pressão, mas fiz um ano bom. O Leandrinho (Leandro Lima) me ajudou muito nesta adaptação aos profissionais. Mas este ano me sinto mais maduro, mais tranquilo. Venho me adaptando cada vez mais.