Uma das dúvidas do Caxias para enfrentar o Juventude neste domingo, às 11h, no Estádio Centenário era quem usaria a camisa 10. A punição imposta pelo Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) suspendendo o meia Wagner por dois jogos deixou a vaga em aberto. A resposta não veio dos treinamentos, mas da própria Justiça. No final da tarde de sexta-feira, o auditor Carlos Rafael dos Santos deferiu o pedido de efeito suspensivo do time grená e Wagner será o titular no Ca-Ju 283.
A importância do meia ultrapassa o lado técnico, que o fez titular ao longo de todo o Estadual. Ele é um líder dentro de campo, até pelas suas características de jogo.
– O Wagner é um cara que tem uma liderança muito boa. Ainda mais jogando dentro da nossa casa. Ele é um cara que irrita os adversários – destaca o meia-atacante Reis.
– Ele tem a questão do drible, de chegar mais, além da estatura privilegiada – complementa o técnico Luiz Carlos Winck.
Destaque dentro de campo, polêmico fora
O lado técnico não é o único que chama atenção quando se fala do meia Wagner. Ativo em redes sociais e com discursos fortes antes, durante e depois dos jogos, ele tem o lado polêmico.
Como camisa 10 que dribla e incomoda adversários, ele provoca também fora das quatro linhas. Um espírito do futebol da década de 1990. Essas brincadeiras que o levaram para o banco dos réus no TJD. As provocações no clássico da primeira fase, quando ele fincou uma bandeira do Caxias no gramado do Jaconi, lhe renderam a suspensão, que caiu com o efeito suspensivo.
Os fatos também fizeram o jogador receber marcação mais forte no último clássico. A cada toque, a marcação chegava forte, quase sempre com faltas. A torcida vaiava. Mas ele mostrou maturidade e não revidou.
Todos esses elementos, fazem o camisa 10 grená se destacar na competição. Para Diogo Olivier, comentarista da RBS TV e da Rádio Gaúcha, ele desponta como um dos destaques do Gauchão.
– Ao lado de Bolaños, Jardel e Brenner, ele é um dos nomes do campeonato. Por enquanto, entendo que ele e Jardel estão um degrau adiante nesta corrida. Wagner temporiza o jogo. É acelerador, freio e embreagem. E a sua postura de energia, quando não passa dos limites, contamina o time contra apagões e desconcentração. No futebol, quem fica com a bola e acerta passes tem meio caminho andado. É um bom resumo de Wagner. O clássico passará por ele, de um jeito ou de outro – projeta Olivier.